22/06/07

E se passar a ser assim ?!...



A empresa Proambiental prestou um serviço à Câmara Municipal de Loures e não foi paga por isso, muitos meses depois. Ontem, dia 21 de Junho de 2007 (assinalo bem a data porque pode vir a ser um dia histórico) fez uma manifestação à porta dos Paços do Concelho exigindo ser paga.

É conhecido que a Câmara de Loures tem vindo a protelar pagamentos a um nível nunca visto. O discuRso de justificação também é conhecido: "não há dinheiro. E a culpa é dos outros que cá estavam", transformando-a numa justificação corriqueira, banal e mesmo já bolorenta. Este Executivo está em funções há 6 anos. Pois 6 anos. E não teve ainda tempo para corrigir as "malfeitorias" do passado?

Acresce que a Câmara de Loures teve de saldo nas contas de gerência, cerca de 10 milhões de euros. Ou seja, em 2006, sobraram-lhe 10 - milhões - 10 que não foram aplicados em investimento, nem a pagar aos fornecedores. Ou há alguma expectativa que a coisa venha a medrar e a transformar-se numa fabulosa fortuna ou então não se percebe uma tal gestão dos dinheiros públicos, ainda por cima suportada pelo discurso miserabilista de que não há dinheiro.

Tenho de reconhecer a coragem do novo Vereador do Ambiente. Acabou de chegar, mas foi dar o corpo às balas. Começa a perceber-se o papel que lhe destinaram (o PS e a Distrital do PSD): o de homem para todo o serviço, servir de muleta, guarda costas e sabe-se lá que mais. Reconheça-se que o fez com galhardia!

Para um observador externo, a argumentação de que "a empresa comprometeu-se a fazer o serviço em 36 dias, o que não aconteceu", colhe pouco. E passo a explicar: quando é emitida uma factura que não corresponde ao serviço prestado, é obrigação da entidade adjudicante, proceder à sua devolução justificando a inconformidade entre o serviço prestado e o facturado. Ora, se passado todo este tempo a Câmara não devolveu a factura, é por que aceitou como boa a factura recebida e se não pagou no tempo próprio, então DEVE!...

Portanto, é fácil perceber que o Sr. Vereador prestou publicamente as explicações que lhe "sopraram", mas foi enganado. Foi para a luta, mas deram-lhe munições de pólvora seca. Está visto que vai ter de manter uma moral muito elevada para continuar a travar as batalhas dos outros, desarmado, desapoiado e aldrabado. Diz o povo que cada um faz a cama em que se há-de deitar...

Imagine-se agora que a Proambiental abriu um ciclo em que os fornecedores credores, em vez de enviar ofícios a pedir pagamento, passam a fazer manifestações à porta da Câmara Municipal de Loures. As divídas são tantas e variadas que não poderá ser sempre o Vereador Galhardas a tentar desculpar a coisa. Ele não tem o Pelouro das Finanças, nem é Presidente da Câmara. Haverá por aí alguém da maioria PS para enfrentar os problemas que cria ?

E SE A PARTIR DE AGORA, PASSAR A SER ASSIM ?!...

19/06/07

O ridículo mata ?



O Parque Urbano de Santa Iria de Azóia está coberto de mato, alto, enlaçado, prometendo fogueira grossa. Entregue à gestão calamitosa do PS, só o mato teve força para ali crescer, tudo o resto minguou...

Falta a manutenção e a atenção, pelo menos da parte daqueles que têm a responsabilidade da sua gestão, de cuidar da coisa pública, de disponibilizar à população nas melhores condições um equipamento colectivo que a todos custou conquistar e pagar.

Mas há, entre o povo, quem esteja atento. E foi assim que alguns populares constatando a altura dos "matos" que ali vingam e proliferam, decidiram - para seu uso é certo - capinar uma parte do imenso matagal, para alimentar os coelhos que criam nos seus quintais.

Aqui d'el rei que não podem, que é uma heresia, que o regulamento proibe, proclamou uma menina que se dá ares de quem manda lá no sítio. A coitada nada sabe da coisa, infelizmente nem desconfia o bem que estava a ser feito, mas qual quê andar-se a inflingir o regulamento. Ela é ali a guardiã da moral e dos bons costumes! (que nunca a justiça divina se aplique com critério e rigor, digo eu.)

A verdade é que não é um Regulamento, mas pronto, a ignorância é a ignorância e esta é uma ignorância miúda, comparada com outros dislates costumeiros por quanta rapaziada que se dá ares de entendido sobre coisa nenhuma, por essa Câmara fora.

E o que diz então o tal Quadro Normativo, promovido a Regulamento pela senhora doutora da mula ruça? Simplesmente que nos termos da lei geral e dos regulamentos municipais em vigor, constitui contra ordenação:a) destruir ou de qualquer forma danificar´equipamentos, árvores e demais vegetação (Artigo 12º)

Em suma, em vez de cuidarem dos equipamentos, das árvores e da vegetação que o Parque Urbano merece, que devia ter e não tem, procuram encarniçadamente afugentar quem - ainda que inconscientemente - lhes limpa o mato e a vegetação que deixaram chegar a um estado de decadência que já para pouco mais pode servir que para dar aos coelhos ou arder. Está-se mesmo a ver qual será o menor dos males... Ou não ?!...

RESTA PERGUNTAR: O RIDÍCULO MATA ? O povo diz que sim!

16/06/07

Controvérsia. E os nabos ?



A imagem é já famosa. Pelo menos na "rede". A controvérsia, essa, decorre da democraticidade própria da internet.

Uns dizem que a legenda apropriada (com o seu quê de insólito) seria "um nabo político estrafega um nabo agrícola", simbolizando o que se está a passar na Várzea de Loures, onde este Presidente da Câmara autorizou tanta construção que não vão caber mais nabos nenhuns, a não ser os que para lá forem morar;

Outros dizem, que o Presidente da Câmara de Loures "acabou de escolher mais um assessor", o que, dizem com pertinência, corresponde à situação conhecida de o homem estar rodeado de assessores, cada um mais nabo que o outro. Há mesmo aqueles que com perfídia acrescentam "um nabo político, só pode escolher nabos políticos para assessores...e até mesmo para vereadores";

E há agora uma outra versão, para baralhar a discussão: dizem que afinal, não senhor, o nabo que está na mão é um Presidente da Junta, daqueles que se borrifam para a freguesia em que foram eleitos, desde que estejam na mão (do Presidente da Câmara) e lhe cheguem ao coração, porque não enjeitariam um lugar... na vereação.

A CONTROVÉRSIA VEIO PARA FICAR. E OS NABOS ?

08/06/07

Que Caminho para que Destino ?



Consta-se no meio editorial e político que a Editorial Caminho foi vendida a Paes do Amaral. Consultado o site da editora, nada encontrei sobre o tema, mas asseguram-me fontes bem informadas que o negócio está já consumado.

O que terá levado o PCP "accionista" a vender a Paes do Amaral capitalista, uma das mais prestigiadas editoras portuguesas, onde pontificam alguns dos melhores autores portugueses, com destaque para o prémio nobel José Saramago ?

Ou a oferta foi absolutamente milionária e, portanto, irrecusável ou a venda de activos desta natureza e valor só ocorrem porque quem vende precisa libertar-se de um fardo ou realizar dinheiro para outras necessidades prioritárias.

Donde resultam as interrogações: a proposta foi milionária e os ex-detentores da Caminho vão ter agora um futuro tranquilo e feliz ? A Caminho era já um fardo insuportável ? Ou estava a ser necessário realizar dinheiro urgentemente ?

Uma coisa me parece certa, vender uma jóia da coroa, é sempre um sinal de fragilidade e um desapontamento. Ainda por cima, porque levanta muitas preocupações para o futuro e não apenas para o domínio da edição literária...

E AGORA, QUE CAMINHO ?

01/06/07

Que raio de gestão autárquica é esta ?



"Se alguém fizer greve não faz nem mais uma hora de trabalho extraordinário", bradou alto e bom som o Presidente da Junta de Freguesia de Sacavém aos trabalhadores antes da Greve Geral.

É bem evidente o propósito intimidatório e pressecutório. Em democracia é uma atitude inqualificável, para mais vinda de um eleito e que até é eleito a coberto de um "partido socialista". É um tique de insuportável intolerância, de um autoritarismo despropositado e de uma arrogância desorientada.

Mas é também revelador do tipo de gestão autárquica que é praticada. Se o trabalho extraordinário é moeda de troca, se assume o papel de prémio e/ou castigo aos trabalhadores, tal só pode significar que o conceito está completamente desvirtuado.

Aparentemente, na Junta de Freguesia de Sacavém, o trabalho extraordinário não tem lugar para se fazer o que a Cidade precisa, mas é um mero instrumento de poder descricionário do seu Presidente para premiar ou castigar trabalhadores.

QUE RAIO DE GESTÃO AUTÁRQUICA É ESTA ?