29/07/08

Tudo sobre "rodinhas" ?

Após uma década a "investigar" os caminhos para o futuro de Sacavém - tantos anos quantos aqueles em que governa na junta de freguesia - o PS da Câmara e da Junta, parecem ter finalmente descoberto o "alfa e o ómega" do "fomento do desenvolvimento" (seja lá isto o que for), as bases do progresso e "de uma maior qualidade de vida dos sacavenenses".


Não me surpreenderia que a Academia Sueca viesse a atribuir os Nóbeis da ciência e da economia, e quiça da medicina (descoberta do caminho viário para o Centro de Saúde) em conjunto e ex-acquo aos Srs. Presidentes da Câmara de Loures e da Junta de Sacavém. Tal é o pulo e avanço que a humanidade dá com esta "descoberta" sem igual sobre as alavancas do desenvolvimento.

De acordo com informações ainda reservadas a que tivemos acesso, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon, terá já enviado para Sacavém, Mr. Cheick Sidi Diarra, Alto Representante da ONU para África, de modo a obter informações detalhadas sobre o extraordinário "rodinhas" com o propósito de o vir a implementar generalizadamente, assegurando, desse modo, no período do seu mandato como Secretário-Geral, um desenvolvimento sem precedentes no continente africano.

O que são as coisas da vida!?...

Os arruamentos de Sacavém há anos que andam em guerra com viaturas, com peões, autocarros e quejandos. Uma verdadeira e permanente cowboyada. As sinuosas listas azul vivo só nos sugeriam um recrudescimento do ataque dos índios, coisa para breve e preparada com afã guerreiro.

Afinal, é uma coisa muito mais à frente, muitíssimo evoluída: Informa-nos a diligente Junta de Freguesia que "a linha azul assinalada no pavimento das ruas significa entrar e sair em qualquer ponto do percurso".

É outro aspecto da maior valia no fomento do desenvolvimento. Já agora, este extraordinário principio também se aplica nas curvas e tudo ?!... O bendito "rodinhas" cumpre regras de trânsito diferentes das demais viaturas ?!...

Até Mr. Cheick Sidi Diarra, vai ficar surpreendido. Só não sei como é que ele vai arranjar tinta que "pegue" lá naqueles poeirentos caminhos africanos. Decerto, em Sacavém, contar-lhe-ão todos os segredos do desenvolvimento... até o truque da tinta.

Oxalá alguém faça um balanço desta "rodinhação" daqui a uns mesitos. É que não parece nada, mas somos todos nós que vamos pagar estas aventuras desenvolvimentistas dos Srs. Presidentes. E tudo isto para encobrir a sua incapacidade de assegurar serviços de saúde onde mais são precisos.

Tudo sobre "rodinhas" hein ?!...

28/07/08

Jardim vira Aterro ?


O texto que de seguida se pode ler, é aquele que ainda consta do site oficial da Câmara Municipal de Loures. Note-se que o título preserva também ainda, o lema que levou à transformação do antigo Aterro Sanitário em Parque Urbano: "Aterro vira Jardim".

"Parque Urbano de Santa Iria de Azóia
De lixo a Jardim



Entre Junho de 1988 e Junho de 1996, o Aterro sanitário de Santa Iria de Azóia recebeu resíduos sólidos urbanos produzidos nos concelhos de Loures e Vila Franca de Xira.


Para preparar convenientemente os terrenos para a deposição dos lixos, o Município de Loures procedeu a trabalhos de impermeabilização, no sentido de impedir a infiltração de líquidos e a contaminação das linhas de água subterrâneas. Durante o processo de exploração, os resíduos eram descarregados e compactados, formando células que eram depois cobertas com terras.


O lixo, após enterrado, decompunha-se, originando líquidos poluentes (águas lixiviantes) e gases (biogás). As águas lixiviantes foram captadas e conduzidas aos colectores municipais, após decantação, e o biogás, recolhido e conduzido por tubos até um queimador.


Depois da sua exploração, as células foram progressivamente seladas. Esgotada a capacidade do aterro, e após completada a selagem, o Município avançou para a sua reconversão em Parque Urbano.

A solução encontrada para a sua reconversão em Parque Urbano, constituiu uma experiência pioneira, ainda hoje única em Portugal, valorizando um espaço, equivalente a 35 campos de futebol, com potencialidades ambientais e de lazer ímpares na Área Metropolitana de Lisboa.


A 21 de Outubro de 2000, o Parque Urbano de Santa Iria de Azóia abriu as suas portas ao público, contribuindo de forma exemplar para o aprofundamento da noção de que não só é possível, como desejável, trabalhar objectivamente na defesa, promoção e valorização dos aspectos ambientais determinantes para o bem estar da população.

A 26 de Agosto de 2002 a gestão do Parque Urbano de Santa Iria de Azóia passa para a responsabilidade do Departamento do Ambiente da Câmara Municipal de Loures, que desde logo procedeu a várias intervenções de beneficiação, procurando assim proporcionar aos visitantes a plena fruição deste excelente espaço
."

in http://www.cm-loures.pt/aa_AmbienteInfraEstrutMun2.asp


A realidade vigente parece indiciar que agora, com a gestão do actual Executivo municipal, vamos ter um novo lema: "Jardim vira Aterro". As fotografias obtidas, neste mês de Julho de 2008 são a mais forte evidência de que esse caminho está a ser percorrido velozmente.



Para além do pujante mato que desponta por todo o lado, montes de resíduos já se espalham por expressiva área do Parque Urbano, que assim vai ficando cada vez mais parecido com o velho Aterro.

Será mais um caso em que o Município de Loures andou à frente, foi pioneiro, teve reconhecimento nacional e, agora faz marcha a trás ?

Jardim vira Aterro ?!...



12/07/08

E o Sr. Presidente da Câmara pensa o quê ?

Há silêncios muitíssimo ruidosos. Que pensa o Sr. Presidente da Câmara sobre os problemas que têm vindo a assolar a Quinta da Fonte ? Será que estas coisas têm alguma coisa a ver também com a desistência da Câmara em relação às políticas e acções municipais de integração social ? Será que também tem influência ter prescindido de agir preventivamente na Quinta da Fonte ?

Seria da maior desonestidade intelectual atribuir culpas ao actual executivo municipal, por problemas desta natureza. Tal como será gritantemente desonesto atribuir culpas a outros, antecedentes ou vindouros. Os problemas são complexos, têm muitas raízes, razões e consequências.

Todavia, o que é incontornável, para além da constatação dos factos, é que são precisas políticas activas, consistentes, participadas e continuadas para se obterem efeitos futuros, diversos destes. A nível local, mas também e, sobretudo, a nível nacional.

Por isso, incomoda o silêncio do Sr. Presidente da Câmara. Preocupa que não tenha propostas, preocupa que não tome a iniciativa, desilude que não reclame apoios para enfrentar os problemas, desilude que não exija solidariedade institucional prática do Governo.

Para resolver o sentimento de infelicidade que perpassa pelas crianças de Loures, o Sr. Presidente propunha-se enviar-lhes palhaços.

Arrepia a expectativa e a espera de qual pode ser a sua solução para problemas desta natureza.

Até por causa desta nossa angústia, ganharia o Sr. Presidente em vir a público.

Afinal, o Sr. Presidente da Câmara de Loures pensa o quê ?