19/08/09

Se não for da moirama, a culpa será de quem ?!...

Outros tempos da heróica e façanhuda história nacional deram aos heróicos e façanheiros portugueses, a noção clara que não se podia desdenhar a defesa, fragilizar a atenção e descurar a robustez das nossas fortalezas.

Haviam então, por aí, hordas mouriscas (e outras mais anónimas, tal como hoje em dia), sempre prontas a atacar qualquer castelejo mais distraído. São tempos guerreiros que já lá vão. Pelo menos até ver…

Compreender-se-á pois que em Loures ninguém esteja especialmente preocupado com a resistência dos nossos diminutos e pouco influentes castelos.

Contudo, não pode passar em claro que o nosso expoente castelar, o Castelo de Piriscouxe, cuja recuperação e “vida nova” se iniciou em 2001 (com os Presidentes Demétrio Alves e Adão Barata) mantenha o ar de estaleiro.

De facto, continuam por lá umas redes de protecção (já desconjuntadas e que não protegem nada nem ninguém) que, desconfio, teriam a pretensão de manter “isolada” uma parcela do “pano de muralha” cuja sustentação há muito deveria ter sido concluída e ainda não foi.

Em breves contas, há 8 anos que não é finalizada a indispensável obra de consolidação daquela arriscada parte do “castelo”.

E se um destes dias, em vez de um ataque dos mouros que ninguém espera, para já, ocorrer um mero temporal e aquilo tudo cair? E se alguém for apanhado na “armadilha” casteleja ?

Vamos dizer que foi azar? Que a culpa foi do mau tempo e que não conseguimos interferir com os supremos desígnios de S. Pedro?

Pois é, e se não for da moirama, a culpa será de quem ?!...
Nota à margem: Cá por mim, preparemo-nos de qualquer maneira para culpar os ingnotos mouros, porque se não for deles a culpa, será pelos menos dos seus tetaravôs! Nos tempos que correm não é sempre assim, por cá?

14/08/09

Será normal ?

Um novo, potente, soberbo, mamaracho-empreendimento, autorizado pela Câmara de Loures para Sacavém (mais um) promoveu, já há meses, a abertura de um buraco substancial na entrada da Rua da Estação.

Para fazer jus ao mamaracho-empreendimento, o buraco que pertence aquele, tem tamanho à proporção do seu progenitor e ocupa praticamente toda a faixa de rodagem.

O trânsito nos 2 sentidos, vai-se fazendo, alternadamente, pela escassa margem, simpáticamente deixada pelos omnipotentes empreendedores imobiliários (sim, porque teriam concerteza autoridade suficiente para cortar a estrada e pronto!...).

Estamos em Agosto e a circulação do trânsito não se revela problemática, mas dentro de 15 dias o cenário vai mudar e não se vislumbra solução para o "buraco".

Nem as dezenas de horas que piquetes dos SMAS têm ali passado a olhar, sabe-se lá se para as profundezas do inferno enquanto os nossos impostos ali são consumidos, parecem ajudar a resolver a questão.

Pergunta-se pois se o mamarracho-buraco está a ser estudado para sarjeta gigante que faça face às próximas e inevitáveis inundações da baixa de Sacavém (a rapaziada que mora por ali, sempre evitava de entrar e sair de casa a nado).

Seja o que fôr que dali venha a nascer, interessaria saber:

É normal que se corte assim uma artéria estruturante na Cidade, mantendo um buraco aberto meses a fio ?

É normal que a Câmara Municipal autorize e a Junta de Freguesia faça vista grossa ?

É normal que alguns façam o que querem da Cidade e todos os outros deixem fazer ?

É normal prolongar a situação por mais tempo ainda ?

Será normal, tudo isto ?!...