15/10/07

Será uma espécie de incontinência ?...

Que se passará na Câmara de Loures ?

O actual presidente e vereação, chegaram ao poder e de imediato meteram em marcha a substituição de competentes técnicos e chefias, por rapaziada com cartão, supostamente, da sua confiança pessoal ou política.

Pouco lhes interessou se as pessoas eram capazes ou competentes, se eram dedicadas ou empenhadas, se nutriam simpatia pelo PS ou não. Estavam a trabalhar com as anteriores administrações ? Então, rua daqui!

E foi assim, que a Câmara de Loures caiu na desorganização, na incapacidade, no mimetismo, na inépcia em que se encontra.

Mas o curioso é que passados apenas alguns anos desta inenarrável gestão, se pode verificar a fuga contínua dos "recrutamentos" para chefias feitos pelo PS. Ou seja, mesmo aqueles que chegaram por amiguismo, cartonismo ou encostadismo, estão a pôr-se a milhas. Vejamos apenas alguns exemplos para corroborar o que se afirma:

Dra. Elisabete Brito - Directora de Departamento Sócio-Cultural;
Arqª Ana Simões - Chefe de Divisão de Educação e Juventude;
Arqº Jorge Catarino - Director de Departamento de Urbanismo;
Arqº Paulo Pais - Director do Departamento do Plano Director Municipal;
Arqº Miranda Correia - Chefe de Divisão de Habitação;
Dr. João Monteiro - Chefe de Divisão de Desporto;
e dizem-me que mesmo a mais recente aquisição dirigente, já está em debandada: a Mestra Ana Paula Assunção.

Será apenas uma espécie de incontinência ?

11 comentários:

Anónimo disse...

Seria interessante perceber-se o que se passa de facto. Não creio tratar-se de incontinência. Talvez incapacidade de quem dirige e vergonha, embora tardia, dos desistentes em estarem associados a uma clique dirigente em que predomina o amiguismo, a arrogância, o novo riquismo e o maniqueísmo partidário.

Anónimo disse...

Era interessante...era importante saber o que se passa:ainda há quem não faça falta e se mantenha...publicitar tal situação é importante para o cidadão que vai votar e para tentar salvaguardar a saúde mental de quem tem que estar lá a trabalhar. Porque ainda há quem tente trabalhar...

Anónimo disse...

Não posso dizer que sou uma pessoa satisfeita com a administração actual da Câmara de Loures mas, ainda assim, não posso deixar de tecer alguns comentários. Com efeito, o "amiguismo", a "arrogância" e outros adjectivos também não eram comuns à administração da CDU ? E alguns dos "pseudo-amiguinhos" da actual administração não eram "pseudo-amiguinhos" da CDU? Afinal,e só a talho de foice, a "Mestra" era de que partido? E o seu assessor e amigo Dr.Filipe Melo? E a, Chefe de Divisão do Património Cultural, Dra Patricia Bandarra? E o Coordenador da DDC, Dr. Paulo Silva?Afinal, meu amigo, só o que importa e releva para a grande maioria das pessoas é o "oportunismo"! Infelizmente, tenho que concluir que também no seu partido grande parte do grupo não passam de "pequeno-burgueses de fachada socialista".
Amen, tenho dito!

Impudências disse...

Caro Anónimo,
Antes de mais, deixe-me que lhe diga que discordo em absoluto de "anonimatos" nas participações públicas e civicas. Ao aceitar comentários aos meus textos aceitei as regras do jogo, mas gostaria de saber com quem estou a trocar impressões, porque eu também assumo a responsabilidade pelo que digo e faço. Quanto à substância, sem dúvida que tem razão nalgumas das suas observações e não duvido que todos os partidos e também o meu, têm - se quiserem ter um papel mais positivo na sociedade portuguesa - de se opôr ao oportunismo, que tem muitas facetas e se desenvolve das formas mais inesperadas e perversas. É muito difícil combater, mas não acredito que seja impossível. Por fidelidade à verdade, devo informar que o Dr. Filipe Melo, nunca foi meu assessor. O Dr. Filipe Melo, à época, foi requisitado à empresa em que trabalhava (EPAL) para, como sociólogo do planeamento e integrado na Divisão de Educação (e não como assessor do vereador), ajudar - e tem-no feito, quer com a anterior, quer com a actual administração - ao enorme desafio que as Câmaras Municipais tinham pela frente, com a transferência de competências do governo para as Autarquias. A capacidade e competência reveladas foram e são uma mais valia para o município. O Dr. Filipe Melo foi uma aposta ganha!
Outras terão sido menos felizes é certo, mas se se informar devidamente, verificará que se procurou dar oportunidade de afirmação e desenvolvimento profissional a muitos técnicos municipais, mas não será capaz de me apontar qualquer nomeação política (na verdade, mais pessoal que política), excepto daqueles que exerceram de facto o papel meus assessores e estes foram: no DSC, o Dr. Marques Ribeiro e o Dr. Marques dos Santos e no DAMB, o Dr. José Covas. Nenhum deles, foi passado artificialmente para o quadro e nenhum deles está hoje ao serviço do Município.
Muito mais lhe poderia esclarecer, contar e destacar e garanto-lhe que o farei se disponibilizar um e-mail ou se se dispuser a um encontro pessoal. Para aqui, já as explicações vão longas!

Anónimo disse...

Amigo Rui,
Quando cito nomes não os rotulo de incompetentes. Os nomes citados são apenas exemplos de falsa militância e não de incompetência.
Além disso, nunca afirmei que efectuou nomeações políticas para cargos técnicos, aliás isso não seria legalmente possível.
Por ter sido Vereador dos Recursos Humanos, deve saber que as Chefias são cargos meramente técnicos.
Contudo, se a memória não me falha,existiam à data demasiadas chefias conotadas com a administração então vigente. Para o ajudar posso citar mais alguns nomes: Dr Sérgio Pratas, Dra. Paula Lopes, Dra. Paula Assunção, Dra Helena Santana,a falecida Dra. Margarida da DDC e muitos outros.
Além disso, ainda me recordo de algumas passagens "artificiais" para o quadro como por exemplo os casos do Dr.Rui Ferreira e da Dra. Cristina Azedo, que nem sequer entraram para o inicio da carreira.
Desculpe esta coisa do anonimato, confesso que também não gosto, mas é a única forma possível dado que não sou militante, nem simpatizante de qualquer partido, factos que hoje em dia, tal como há uns anos atrás, em Loures, também têm o seu preço.

Impudências disse...

Meu caro, não estava também a falar de legalismos. Reportava à possibilidade de recrutar, nomear, promover "pessoal político" sob a capa de "pessoal técnico", como hoje sucede e posso indicar um sem número de nomes.
Recordo que todos e cada um dos nomes que refere estavam em funções de chefia quando assumi responsabilidades no executivo municipal. Todos e cada um, na sua esfera de acção e com as suas idiosincrasias, mostraram-se competentes, interessados e dedicados, por isso, mantive ou renovei, nos casos que me diziam respeito, a sua comissão de serviço. Toda a gente que comigo trabalhou pode atestar que nunca perguntei qual o credo, a ideologia, o partido ou o clube da sua preferência e tenho a certeza de ter trabalhado com uma pluralidade de sensibilidades. E não fiz nenhum esforço para isso. Portanto, as conotações podem existir e são normais, desde que isso não sirva apenas para rotular e ajuízar indevidamente as pessoas. Na minha opinião é o que tem acontecido largamente com a actual maioria que não cuidou e não cuida de saber se as pessoas são ou não competentes. Interessa mais se fazem fretes ou não, se são do "clube" ou não. E é essa a "bitola" para o "julgamento".
Por fim, não recuso recrutamentos excepcionais, como foram os casos que refere. Como o próprio nome indica, devem ser excepcionais e o que foi feito, foi público, notório e responsável. Outros casos de admissão subreptícia, encapotada e pouco transparente é que são exemplos a rejeitar. E continuo a assistir a queixas de falta de dinheiro, ao governo a atacar os funcionários públicos e simultâneamente a Câmara de Loures a realizar magotes de admissões e nalguns casos, sem saber sequer o que deve ser dado a fazer às pessoas, porque hoje o Município está reduzido à fórmula: não fazer nada - amealhar (com o Salazar, também foi assim e herdamos um país miserável e atrasado) - comprar fora.
São muitos recursos para vencimentos e avenças completamente inúteis!

Anónimo disse...

Esqueceu-se o caro anónimo de referir também o Ferrador! Outro exemplo, triste por sinal. Por falar em avenças já agora convém não esqueçer quanto é que ganhava, nos finais da época de glória do PC em Loures, um destacado militante comunista e agora Presidente de Junta, eleito nas listas do PC. Será que o dinheiro era todo para ele? Ou era para a ACOD? Isto não legitima as actuais avenças e os actuais tachos, mas também é importante referir que se PS e PSD em Loures não podem falar, o PC muito menos. Se quiserem saber quanto é que esse amigo de Loures ganhava eu digo. É só pedirem. Comunista não é? Comunista sou eu, que me governo com 800euros por mês e já gozo!

Impudências disse...

Reitero a minha posição sobre anonimatos. Permitem - talvez - dizer tudo e não assumir nada. Não conheço nenhum caso de actuais presidentes de junta do PC que não vivesse e viva do seu trabalho. Não se percebe o caro anónimo quer chegar, nem que mensagem quer transmitir. E já agora, alguém ainda tem dúvidas que a luta de décadas do PCP tem sido para que todos os portugueses tenham uma vida melhor ? A grande fractura na sociedade portuguesa não é entre os que ganham 800 euros e os que ganham 1.200 ou 400 ou 650. A principal fractura é entre os 10% cada vez mais ricos e todos os outros cada vez mais pobres, digo eu!

Anónimo disse...

CARO RUI PINHEIRO, PERMITA-ME TRATÁ-LO ASSIM. NADA TENHO DE PESSOAL CONTRA AS PESSOAS DO PS, DO PSD, DO PC, DO BE OU QUIÇÁ DO CDS (NÃO CONHEÇO NINGUEM A NÃO SER ALGUÉM QUE SALTOU DE UM LADO PARA O OUTRO AQUI EM LOURES)DE LOURES. TENHO CONTRA OS POLITICOS EM GERAL NO DESEMPENHO DAS SUAS ACTIVIDADES E NO DESVIRTUAR DE UMA ACTIVIDADE TÃO NOBRE COMO DEVIA SER A POLITICA. SOU DOS QUE JÁ NÃO ACREDITO. SEJA NOS QUE PROMETEM REFERENDOS E DEPOIS NÃO OS FAZEM SEJA NA DESONESTIDADE DA DEPUTADA LUISA MESQUITA (OU DO PC), NÃO ESTOU POR DENTRO NÃO SEI, SEJA NO ARGUIDO ISALTINO QUE A LEI PERMITE QUE CONTINUE EM FUNÇÕES MESMO DEPOIS DE ESTAR ACUSADO DE UM ROL DE CRIMES TEORICAMENTE PRATICADOS NO EXERCICIO DA MESMA ACTIVADADE QUE HOJE DESEMPENHA. MAIS EXEMPLOS? FICARIA AQUI ATÉ 2008 A DAR EXEMPLOS. JÁ ESTOU VACINADO. NÃO ACREDITO NOS POLITICOS. NÃO DISSE QUE OS AUTARCAS DO PC QUE NÃO TRABALHAVAM. DISSE SIM QUE UM ACTUAL AUTARCA TINHA UMA AVENÇA CHORUDAS PARA O CARGO QUE DESEMPENHAVA E PARA O TRABALHO QUE PRODUZIA. 3.000€ MENSAIS. SABE QUE É VERDADE OU NÃO? E SE AS AVENÇAS CHORUDAS DOS DO PS OU DOS DO PSD SÃO MÁS AS DO PC EM LOURES TAMBÉM O ERAM. FOI ISSO QUE EU QUIS DIZER.

Impudências disse...

Devo dizer que sou também de opinião que a actividade política é, na sua natureza, uma actividade nobre, embora possa reconhecer que infelizmente, há por aí muita gente na política, cuja nobreza de conduta, atitude e objectivos seja muito duvidosa. Todos temos de fazer alguma coisa, para que isto não continue por este caminho. No fundo, acabam por ser essas pessoas a "governar" o nosso dia-a-dia.
Embora eu tenha sempre recusado fazer carreira na política e não me recuso a fazer política, mas apenas a fazer disso a minha vida, percebo e aceito que tenha de haver políticos profissionais. Só acho que, como nas outras profissões se tem de ser honesto, dedicado, empenhado e competente.
Em suma, não me aflige que possa haver quem salte de um lugar para outro, desde que seja capaz de exercer bem as funções que lhe são confiadas.
Mas também acho que os cidadãos devem manter todos sob vigilância e denunciar e demitir os políticos que não cumprem as suas promessas, que não são transparentes na sua actuação, que comprometem o futuro colectivo por interesses pessoais ou de grupo.
Permita-me pois que lhe faça um desafio: não se desinteresse, não desista. Participe sempre que possa e a sua consciência lho dite. A cidadania constroi-se todos os dias e se não usarmos os nossos direitos, não tardará aí quem queira acabar com eles.
Objectivamente, quanto à sua questão: O indivíduo em causa, cumpriu ou não com as suas obrigações como e quando foi avençado ? Se não cumpriu, deve ser alvo de censura. Se cumpriu, como qualquer outro trabalhador deve ser reconhecido pelo mérito do seu trabalho.
Aproveito para acrescentar que nada tenho contra nenhum assessor ou colaborador do pessoal político. Só me oponho e protesto, quando não há nas pessoas em causa competência ou dedicação para que possam ocupar tais responsabilidades. É usual, quando as nomeações são por razões de família ou cartão partidário que essas personagens não correspondam ao perfil adequado para as funções a desempenhar. Lamentavelmente, posso apontar um sem número de casos, sem precedente, na Câmara Municipal de Loures, nos dias que correm. E estou à vontade porque até há familiares meus envolvidos nesse verdadeiro escândalo.

Anónimo disse...

Eu sei ao que se refere. Desculpe não me identificar mas como esta coisa da Democracia cada vez mais parce ser um conjunto de pessoas a fazer o que meia duzia pensam e dizem, não posso arriscar. Quero que saiba que acompanhei, como municipe de Loures, o trabalho que desenvolveu enquanto Vereador quer enquanto a Câmara era maioria PC quer mais tarde na sua passagem pelo Ambiente e acho que até o desenvolveu muito bem. Quanto ao ultimo paragrafo do seu texto só tenho infelizmente a dizer o seguinte: 100% de acordo. Umabraço.