Outros tempos da heróica e façanhuda história nacional deram aos heróicos e façanheiros portugueses, a noção clara que não se podia desdenhar a defesa, fragilizar a atenção e descurar a robustez das nossas fortalezas.
Haviam então, por aí, hordas mouriscas (e outras mais anónimas, tal como hoje em dia), sempre prontas a atacar qualquer castelejo mais distraído. São tempos guerreiros que já lá vão. Pelo menos até ver…
Compreender-se-á pois que em Loures ninguém esteja especialmente preocupado com a resistência dos nossos diminutos e pouco influentes castelos.
Contudo, não pode passar em claro que o nosso expoente castelar, o Castelo de Piriscouxe, cuja recuperação e “vida nova” se iniciou em 2001 (com os Presidentes Demétrio Alves e Adão Barata) mantenha o ar de estaleiro.
De facto, continuam por lá umas redes de protecção (já desconjuntadas e que não protegem nada nem ninguém) que, desconfio, teriam a pretensão de manter “isolada” uma parcela do “pano de muralha” cuja sustentação há muito deveria ter sido concluída e ainda não foi.
Em breves contas, há 8 anos que não é finalizada a indispensável obra de consolidação daquela arriscada parte do “castelo”.
E se um destes dias, em vez de um ataque dos mouros que ninguém espera, para já, ocorrer um mero temporal e aquilo tudo cair? E se alguém for apanhado na “armadilha” casteleja ?
Vamos dizer que foi azar? Que a culpa foi do mau tempo e que não conseguimos interferir com os supremos desígnios de S. Pedro?
Pois é, e se não for da moirama, a culpa será de quem ?!...
Nota à margem: Cá por mim, preparemo-nos de qualquer maneira para culpar os ingnotos mouros, porque se não for deles a culpa, será pelos menos dos seus tetaravôs! Nos tempos que correm não é sempre assim, por cá?
1 comentário:
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